pediste-me para te escrever, para te dar o meu parecer, o meu olhar ou simplesmente um beijo..tenho-o evitado, tenho-o adiado..por preguiça, por falta de tempo, por medo, enfim por uma série de razões que em CADEIA fazem com que beijar-te ou escrever-te não sejam para mim actos banais! Decidi fazê-lo agora, depois de uma noite de dispersão (+uma) de diletantismo, depois de ter percorrido as ruas de PAris, desde o Faubourg Monmartre, passando por Chatelet, Les Halles, Marais e acabando na rue aux Ours!(quem conhece Paris sabe a maratona que isto representa)! E escrevo-te, porque cheguei a casa vazio e despojado..porque da ultima vez que me senti assim tu estavas aqui..e fizemos exactamente o mesmo percurso de taxi que hoje voltei a fazer! deixamos para tras as mesmas pontes, os mesmos sonhos e os corpos de vicios que hoje voltei a abandonar! LEmbraste do vazio que nos enchia, dos nossos olhos que se cruzavam à medidada que se perdiam pela grandiosidade da paisagem que nos rodeava e aniquilava? lembraste?
pois bem..não deve ser-te dificil imaginar de onde venho nem o percurso que acabei de fazer..(desta vez, foi - mudo, porque o taxista que era àrabe, decidiu meter conversa, devido ao fundamentalismo e medo que começa a pairar sobre as nossas cabeças!)
enquanto ele falava, as recordações de ti, de nos, sucediam-se em CADEIA e dou por mim a jà não ouvir o homem, a responder oui, oui, qual automato e a pensar que naquele momento eu dava tudo para te ter ali...ao pé de mim.. com o refrão da Adelaide a dar o toque Kitch à situação!
Entrei no meu casulo e so pensava em te escrever, em materializar o momento em que te senti em mim..
São 5.15 da manhã, estou exausto,faço um esforço enorme para raciocinar e tenho a sensação de que tudo o que escrevo não faz sentido!
Para tràs ficam muitos personagens, ficam os Arcade Fire em osso e o harém de wannabes à volta deles, ficam serigrafias de merda, sitios pretensiosos mas também muita xungaria,cacifos de vicio,corredores escuros e fumarentos,desejos que se autonomizam e ganham vida...ficam as pontes e as imagens em CADEIA de um ciclo que pressinto que começa a fechar-se!
Um outro começa.
a procura conciente e incessante de alimento para a nossa morte, essa continua.
até quando?
provavelmente até o vazio que leva a essa pergunta continuar por preencher...
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pediste-me para te escrever, para te dar o meu parecer, o meu olhar ou simplesmente um beijo..tenho-o evitado, tenho-o adiado..por preguiça, por falta de tempo, por medo, enfim por uma série de razões que em CADEIA fazem com que beijar-te ou escrever-te não sejam para mim actos banais!
Decidi fazê-lo agora, depois de uma noite de dispersão (+uma) de diletantismo, depois de ter percorrido as ruas de PAris, desde o Faubourg Monmartre, passando por Chatelet, Les Halles, Marais e acabando na rue aux Ours!(quem conhece Paris sabe a maratona que isto representa)!
E escrevo-te, porque cheguei a casa vazio e despojado..porque da ultima vez que me senti assim tu estavas aqui..e fizemos exactamente o mesmo percurso de taxi que hoje voltei a fazer!
deixamos para tras as mesmas pontes, os mesmos sonhos e os corpos de vicios que hoje voltei a abandonar!
LEmbraste do vazio que nos enchia, dos nossos olhos que se cruzavam à medidada que se perdiam pela grandiosidade da paisagem que nos rodeava e aniquilava? lembraste?
pois bem..não deve ser-te dificil imaginar de onde venho nem o percurso que acabei de fazer..(desta vez, foi - mudo, porque o taxista que era àrabe, decidiu meter conversa, devido ao fundamentalismo e medo que começa a pairar sobre as nossas cabeças!)
enquanto ele falava, as recordações de ti, de nos, sucediam-se em CADEIA e dou por mim a jà não ouvir o homem, a responder oui, oui, qual automato e a pensar que naquele momento eu dava tudo para te ter ali...ao pé de mim.. com o refrão da Adelaide a dar o toque Kitch à situação!
Entrei no meu casulo e so pensava em te escrever, em materializar o momento em que te senti em mim..
São 5.15 da manhã, estou exausto,faço um esforço enorme para raciocinar e tenho a sensação de que tudo o que escrevo não faz sentido!
Para tràs ficam muitos personagens, ficam os Arcade Fire em osso e o harém de wannabes à volta deles, ficam serigrafias de merda, sitios pretensiosos mas também muita xungaria,cacifos de vicio,corredores escuros e fumarentos,desejos que se autonomizam e ganham vida...ficam as pontes e as imagens em CADEIA de um ciclo que pressinto que começa a fechar-se!
Um outro começa.
a procura conciente e incessante de alimento para a nossa morte, essa continua.
até quando?
provavelmente até o vazio que leva a essa pergunta continuar por preencher...
e voltamos sempre à mesma CADEIA!
beijo-te meu principe dos olhos-agulha.
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